Eficácia dos diferentes tipos de linfadenectomia no tratamento de adenocarcinoma gástrico – ênfase comparativa em D2 e D3-D4

Resumo

Segundo o INCA, 90% dos cânceres gástricos são adenocarcinomas, cuja principal intervenção é gastrectomia. Contudo, há uma técnica cirúrgica complementar à gastrectomia, a linfadenectomia, que aumenta a eficiência do tratamento, pois reduz as chances de recidivas pela propagação de metástase via sistema linfático. Esse procedimento consiste na dissecção de linfonodos adjacentes ao adenocarcinoma. Há diferentes tipos de linfadenectomia: D0, D1, D2, D3 e D4. Sua classificação depende da extensão e da localização de retirada dos grupos de linfonodos. Evidentemente, cada modalidade apresenta resultados distintos. O objetivo da revisão foi, portanto, comparar a eficácia das principais técnicas de linfadenectomia. O trabalho foi uma revisão bibliográfica, realizada entre agosto de 2016 e abril de 2018, que envolveu a utilização de artigos retirados de bancos, como SciELO, PubMed e LILACS, guidelines e protocolos, revistas cíentificas, livros e sites especializados. A comparação desta revisão foi postulada por: morbimortalidade do procedimento, sobrevida em cinco anos e recidivas. Utilizou trabalhos de cirurgia com intenção curativa de pacientes em todos os estádios tumorais. Diretamente, para a construção da comparação, foram utilizados 17 artigos, totalizando 5962 indivíduos. Foi encontrado, como resultado, igualdade estatística percentual entre os procedimentos D2 e D3-D4 em relação à mortalidade intra-hospitalar e recidivas. No entanto, com relação às complicações gerais, D2 obteve menor prevalência e variedade que D3-D4. Além disso, D2 obteve maior sobrevida em 5 anos que os demais. Dessa forma, a revisão concluiu que a gastrectomia associada à linfadenectomia D2 é a melhor opção de intervenção cirúrgica no tratamento de adenocarcinoma gástrico com intenção curativa.