Estudo Epidemiológico sobre Mortalidade por Neoplasias no Brasil em 2014

Resumo

Com o advento da transição demográfica da pirâmide populacional, doenças próprias do envelhecimento passaram a ser mais prevalentes na sociedade, observando-se uma diminuição da incidência de doenças infectocontagiosas e um aumento de doenças crônicas, como o câncer. Estudos epidemiológicos de base populacional que investiguem a situação brasileira do câncer ainda são raros. Existe, portanto, uma evidente carência de informações sobre as condições de relação da mortalidade por câncer na população brasileira e uma necessidade de acompanhar atentamente as neoplasias e estabelecer propostas a partir das estimativas feitas. Com isso, a análise temporal e exploratória em questão objetivou traçar um perfil epidemiológico, com base nas taxas de mortalidade por neoplasias, que acometeram a população brasileira no ano de 2014. Foram utilizados dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde no sítio do DATASUS, calculando as taxas de mortalidade e mortalidade proporcional, de acordo com os tipos de neoplasia, segundo a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde – Décima Revisão (CID – 10); com a distribuição de casos por estados e regiões; com a faixa etária e com os sexos masculino e feminino. Os resultados obtidos mostraram que a maior taxa de mortalidade, por 100.000 habitantes, por neoplasias é representada por homens e observou-se, também, que as regiões Sul e Norte apresentaram, respectivamente, a maior e a menor taxa de mortalidade proporcional, em percentual, por neoplasias no país em 2014. Portanto, a mortalidade por tipo de neoplasia varia de acordo com região, faixa etária e sexo, sem que haja um padrão determinado para cada variável.