Relação entre Migrânea e Terror Noturno

uma revisão integrativa da literatura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.2090.2025%25g

Palavras-chave:

migrânea, Cefaleia, Terror Noturno, Parassonias, Crianças e adolescentes

Resumo

Resumo: Objetivo: O presente estudo tem como objetivo investigar a incidência de episódios de terror noturno em crianças e menores de 20 anos com cefaleia. Bem como identificar possíveis fatores agravantes dos quadros clínicos e discutir abordagens terapêuticas para o manejo em conjunto desses distúrbios. Metodologia: Estudo de revisão de literatura realizado através de 13 artigos originais dos últimos 12 anos, encontrados em dados eletrônicos e sociedades acadêmicas. Resultado: O estudo revela que cefaleia é comum entre 10 e 24 anos, prevalente igualmente entre ambos os sexos até os 12 anos, porém mais frequente em pacientes do sexo feminino após essa idade, especialmente de forma crônica. A    e cefaleia do tipo migrânea tem maior incidência em crianças entre 7 e 12 anos, identificada como migrânea com ou sem aura e cefaleia tensional. Pacientes com migrânea sem aura estão mais propensos a terem parassonia, caracterizando-se por pavor, agitação e sintomas autonômicos.  Essa condição está relacionada à má qualidade do sono e instabilidade em níveis de serotonina. Parassonias são mais frequentes entre 5 e 7 anos, em alguns casos desaparecendo aos 10 anos. Episódios pouco frequentes não requerem tratamento. Apesar de não haver tratamento farmacológico, melatonina e boa higiene do sono são úteis na prevenção de terror noturno. Discussão: Pacientes entre 5 e 7 anos diagnosticados com cefaleia do tipo migrânea estão mais vulneráveis a desenvolver terror noturno. A instabilidade de serotonina está associada aos episódios de terror noturno. Ademais, pacientes com enxaqueca possuem os níveis de melatonina reduzidos, favorecendo o acometimento de parassonias, distúrbio autolimitado e benigno. Destaca-se a necessidade de boa higiene do sono e boa qualidade de sono, visto que não há tratamento farmacológico. Conclusão: O estudo revela que há correlação entre migrânea e parassonia em pacientes menores de 12 anos. Tais condições apresentam alterações nos níveis de serotonina. Diante disso, sobressai-se a necessidade de diagnósticos diferenciais cautelosos.

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Publicado

27-06-2025

Como Citar

Gomes Oliveira, I., Tupinambá Moreira Torres, L., & Pedrosa Silva, M. V. (2025). Relação entre Migrânea e Terror Noturno: uma revisão integrativa da literatura. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 11. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.2090.2025%g

Edição

Seção

Artigos de Revisão