Meninas no espectro
entre o silêncio e o atraso no diagnóstico
DOI:
https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.2077.2025%25gPalavras-chave:
Diagnóstico. Gênero. Meninas.Transtorno do Espectro Autista.Resumo
Atualmente, a temática do diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem sido fortemente abordada, sobretudo na mídia. Nesse contexto, estudos indicam uma maior prevalência de diagnósticos em meninos, com uma média de 4:1 em relação às meninas. Além disso, observa-se uma diferença significativa na idade média de diagnóstico: 7 anos para meninos e 14 anos para meninas. Pesquisas apontam que essa disparidade pode estar relacionada a desafios específicos no diagnóstico em meninas, resultando em uma avaliação clínica mais tardia. O presente artigo realizou uma revisão de literatura com o objetivo de compreender os fatores que dificultam o diagnóstico de TEA em meninas. Os resultados evidenciam que, além da escassez de estudos voltados à população feminina, fatores genéticos, hormonais e sociais contribuem para o subdiagnóstico, como fenômeno do masking. A invisibilidade clínica resultante pode comprometer o desenvolvimento acadêmico e emocional, dificultando o acesso a intervenções adequadas. Conclui-se que é fundamental revisar os critérios diagnósticos e investir na capacitação de profissionais da saúde e da educação, para que considerem as particularidades de gênero no espectro autista, promovendo o diagnóstico precoce, o tratamento eficaz e a melhoria da qualidade de vida de meninas com TEA.
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