Meninas no espectro

entre o silêncio e o atraso no diagnóstico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.2077.2025%25g

Palavras-chave:

Diagnóstico. Gênero. Meninas.Transtorno do Espectro Autista.

Resumo

Atualmente, a temática do diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem sido fortemente abordada, sobretudo na mídia. Nesse contexto, estudos indicam uma maior prevalência de diagnósticos em meninos, com uma média de 4:1 em relação às meninas. Além disso, observa-se uma diferença significativa na idade média de diagnóstico: 7 anos para meninos e 14 anos para meninas. Pesquisas apontam que essa disparidade pode estar relacionada a desafios específicos no diagnóstico em meninas, resultando em uma avaliação clínica mais tardia. O presente artigo realizou uma revisão de literatura com o objetivo de compreender os fatores que dificultam o diagnóstico de TEA em meninas. Os resultados evidenciam que, além da escassez de estudos voltados à população feminina, fatores genéticos, hormonais e sociais contribuem para o subdiagnóstico, como fenômeno do masking. A invisibilidade clínica resultante pode comprometer o desenvolvimento acadêmico e emocional, dificultando o acesso a intervenções adequadas. Conclui-se que é fundamental revisar os critérios diagnósticos e investir na capacitação de profissionais da saúde e da educação, para que considerem as particularidades de gênero no espectro autista, promovendo o diagnóstico precoce, o tratamento eficaz e a melhoria da qualidade de vida de meninas com TEA.

Biografia do Autor

Milena Sales de Freitas, Unifoa

.

Giulya Chaves Coutinho, Unifoa

.

Bianca Soares Branco, Unifoa

.

Maria Eduarda Rodrigues , Unifoa

.

Maria Luiza Tannus Almeida, Unifoa

.

Bruna Freitas Machareth Branco, Unifoa

.

Yasmin Curvelo Dias, Unifoa

.

Referências

INSTITUTO BRASILEIRO DE ABA. Peculiaridades do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em Mulheres: Desafios Diagnósticos e Terapêuticos. 2024. Disponível em: https://ibraba.com.br/peculiaridades-do-transtorno-do-espectro-autista-tea-em mulheres-desafios-diagnosticos-e-terapeuticos/. Acesso em: 18 abr. 2025.

INSTITUTO DE PSIQUIATRIA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Diagnóstico precoce de autismo é mais difícil em meninas; conheça os sinais do transtorno. 2024. Disponível em: https://ipqhc.org.br/2024/04/02/diagnostico-precoce-de-autismo-e-mais-dificil-em meninas-conheca-os-sinais-do-transtorno/. Acesso em: 18 abr. 2025.

ROSA, D. C. Desafios e complexidade diagnóstica do autismo em meninas e mulheres: uma revisão sistemática da literatura. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo, 2023. Disponível em: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/70084. Acesso em: 18 abr. 2025.

COLETIVAMENTE. Desafios no diagnóstico. 2024. Disponível em: https://coletivamente.com.br/desafios-no-diagnostico /. Acesso em: 18 abr. 2025.

ARCOS, Giulia Malagoni de Castro Guedes; PEREIRA, Ana Clara Luz. Dificuldades no diagnóstico de autismo em meninas. In: Estudos Interdisciplinares em Ciências da Saúde. Rascunho - Volume 1, p. 1-15.

SANTOS, E. R. dos. Como os estereótipos de gênero interferem no diagnóstico de meninas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). 2023. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2023.Disponível em: https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/38248/3/ComoEstere%C3%B3tiposG%C3%AAnero.pdf. Acesso em: 18 abr. 2025.

BARON-COHEN, S. The hyper-systemizing, assortative mating theory of autism. Progress in Neuropsychopharmacology & Biological Psychiatry, v. 30, n. 5, p. 865–872, 2006.

BRASIL. Ministério da Saúde. Título do documento: subtítulo (se houver). Local: Ministério da Saúde, ano. Disponível em: . Acesso em: dia mês ano.

Downloads

Publicado

27-06-2025

Como Citar

Sales de Freitas, M., Chaves Coutinho, G., Soares Branco, B., Rodrigues , M. E., Tannus Almeida, M. L., Freitas Machareth Branco, B., & Curvelo Dias, Y. C. D. (2025). Meninas no espectro: entre o silêncio e o atraso no diagnóstico. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 11. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.2077.2025%g

Edição

Seção

Artigos de Revisão