Situação Epidemiológica do Infarto Agudo do Miocárdio no Município de Volta Redonda – Rio de Janeiro entre os anos de 2007 e 2020
DOI:
https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.201.8.2022Palavras-chave:
Infarto agudo do miocárdio, Cardiologia, EpidemiologiaResumo
O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é definido como um evento de necrose miocárdica causada por uma síndrome isquêmica instável. Este evento é causado principalmente pela instabilidade da placa aterosclerótica. Esta condição é altamente prevalente e corresponde à principal causa de mortalidade em adultos e de morte prematura no mundo. O objetivo do presente estudo foi analisar a incidência de infarto agudo do miocárdio no município de Volta Redonda - RJ entre os anos de 2008 e 2020. Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo de caráter retrospectivo e abordagem quantitativa, realizado a partir de dados disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As variáveis coletadas foram incidência da doença, mortalidade intra-hospitalar, sexo do paciente e custos para o tratamento intra-hospitalar. As internações por IAM e outras doenças isquêmicas do coração em Volta Redonda representaram 3,51% do total das admissões hospitalares no município. Diante dos dados encontrados, em relação ao sexo, há maior incidência no sexo masculino, porém, a taxa de letalidade é maior em mulheres. Quanto a taxa de internação e custos, foi possível evidenciar que ainda que IAM representa 3,51% do total de internações, o gasto anual com essa doença é 11,22% do custo total de todas as internações, havendo importante discrepância entre os achados. Visto que os fatores de risco do IAM são determinantes para o prognóstico da patologia em questão, é fundamental que condições modificáveis no estilo de vida sejam abordadas na atenção primária com o objetivo de reduzir os riscos e afetar positivamente a saúde dos pacientes.
Referências
ALVES, L. et al. Hospitalization for Acute Myocardial Infarction: A Population-Based Registry. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 115, n. 5, p. 916–924, nov. 2020.
BORGES, L. P.; JESUS, R. C. S. DE; MOURA, R. L. Utilização de biomarcadores cardíacos na detecção de infarto agudo do miocárdio. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 11, n. 13, p. e940–e940, 13 ago. 2019.
FERREIRA, L. DE C. M. et al. Mortalidade por Infarto Agudo do Miocárdio no Brasil de 1996 a 2016: 21 Anos de Contrastes nas Regiões Brasileiras. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 115, n. 5, p. 849–859, nov. 2020.
MATHIONI MERTINS, S. et al. Prevalência de fatores de risco em pacientes com infarto agudo do miocárdio. Avances en Enfermería, v. 34, n. 1, p. 30–38, jan. 2016.
PESARO, A. E. P.; SERRANO JR., C. V.; NICOLAU, J. C. Infarto agudo do miocárdio: síndrome coronariana aguda com supradesnível do segmento ST. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 50, n. 2, p. 214–220, abr. 2004.
PIEGAS, L. S. et al. V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnível do Segmento ST. Arq Bras Cardiol., v.105, n. 2, p.1-105, ago. 2015.
SANT'ANNA, M. F. B. et al. Taxa de morbimortalidade entre homens e mulheres com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio. Revista Enfermagem UERJ, v. 29, n. 1, p. 53001, 19 mar. 2021.
RIBEIRO, A. L. P. et al. Cardiovascular Health in Brazil: Trends and Perspectives. Circulation, v. 133, n. 4, p. 422–433, 26 jan. 2016.
VIANA, R. R.; SOUZA, M. R. S. M. MARCADORES BIOQUÍMICOS NO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO. REVISTA ELETRÔNICA BIOCIÊNCIAS, BIOTECNOLOGIA E SAÚDE, v. 9, n. 18, p. 27–34, 2017.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Congresso Médico Acadêmico UniFOA
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc-sa/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.