Epidemiologia da Leishmaniose Visceral na população pediátrica
análise dos cinco complexos regionais do país
DOI:
https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.198.8.2022Palavras-chave:
Leishmaniose Visceral, Pediatria, EpidemiologiaResumo
A leishmaniose visceral é uma doença causada por protozoários, transmitida principalmente pela picada de flebótomos, mas também pelo uso de seringas contaminadas, transfusão de hemoderivados e via transplacentária. Era uma protozoose típica da zona rural, majoritariamente da região Nordeste do Brasil, e em meados da década de 1980 expandiu-se para áreas urbanas devido à migração por questões socioeconômicas e às alterações ambientais e antrópicas. Este estudo objetivou retratar a ocorrência da Leishmaniose Visceral, entre 2010 e 2019, na população pediátrica nos cinco complexos regionais do Brasil e a relação entre notificação e internação hospitalar. Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, retrospectivo e quantitativo, cujo os resultados foram obtidos por meio de bases de dados do SINAN e (SIH/SUS), disponibilizados pelo DATASUS. Nesse período foram 18.727 casos notificados e 14.485 internações hospitalares. Nas cinco regiões estudadas, as maiores incidências são verificadas nas crianças entre um e quatro anos, e no sexo masculino. Dentre elas, a região Nordeste demonstrou a maior ocorrência de notificações e de internações. Houve mais hospitalizações no Nordeste, no sexo masculino ena mesma faixa etária. A maioria das notificações evoluiu para cura e 3,86% vieram a óbito. As estratégias de vigilância da LV precisam ser aprimoradas porque apesar de regulamente aplicadas, o sistema falhou em conter a expansão da área de abrangência e em diminuir a quantidade de casos.
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