Manejo da obesidade pelo profissional na atenção primária

oportunidades e desafios

Resumo

A obesidade é um desafio significativo para a saúde pública, afetando aproximadamente 13% da população global e 23% dos adultos nas capitais brasileiras, conforme dados de 2022. Na Atenção Primária à Saúde (APS), o médico generalista desempenha um papel crucial no manejo inicial desta condição, pois tem a oportunidade de realizar uma avaliação detalhada que poderá auxiliar na implantação de um plano terapêutico. O manejo da obesidade é multidisciplinar e envolve intervenções comportamentais, nutricionais, farmacológicas e, quando necessário, cirúrgicas. A revisão narrativa realizada identificou que o diagnóstico atualmente se baseia no Índice de Massa Corporal (IMC) e na circunferência abdominal, mas também deve incluir uma avaliação metabólica e psicológica para uma abordagem integral. Intervenções incluem mudanças no estilo de vida, medicamentos antiobesidade e cirurgia bariátrica. A adesão ao tratamento é variável e pode ser melhorada com suporte contínuo. Modelos e protocolos baseados em evidências, como os da American Heart Association (AHA) e da ABESO, orientam o tratamento. No entanto, desafios como a desinformação e o estigma social ainda têm impactos negativos no resultado global.  O estudo enfatiza a necessidade de maior capacitação dos profissionais e uma abordagem mais ampla para enfrentar a obesidade de forma eficaz.