O uso da maquete como ferramenta educacional no ensino de citologia
DOI:
https://doi.org/10.47385/tudoeciencia.1878.2024Palavras-chave:
Maquetes comestíveis. Células. Iniciação Científica. Ensino Médio.Resumo
Os conteúdos escolares precisam ser contextualizados para o estudante encontrar sentido nos saberes formais da escola, como os das Ciências. Nesse contexto, as maquetes desempenham um papel importante, pois servem como apoio à educação e tornam conceitos abstratos mais tangíveis, facilitando a compreensão e a retenção de informações complexas. Explora-se, neste estudo, a utilização de modelos didáticos como um recurso pedagógico alternativo para o ensino de Citologia no Ensino Médio. Nesse cenário, construíram-se modelos de células eucariontes comestíveis com suas estruturas, utilizando alimentos. O trabalho ocorreu com duas turmas do 1º ano do Ensino Médio do CIEP 291 – Dom Martinho Schlude em Pinheiral/RJ, na disciplina de Iniciação Científica, com um total de 75 discentes. A sequência didática para a orientação da produção dos modelos de células comestíveis constituiu-se em seis etapas. Inicialmente, houve a introdução do tema célula e suas estruturas. Em seguida, ocorreu a organização dos grupos e sorteio do modelo a ser construído. Na sequência, orientaram-se os jovens acerca dos critérios para a confecção da maquete. Posteriormente, cada grupo efetuou a pesquisa e o planejamento de seus modelos celulares. Logo depois, realizou-se a produção dos modelos com os alimentos previamente selecionados. Por último, houve a apresentação do modelo comestível para a turma, com destaque para as características, organelas e outras informações que os discentes consideraram relevantes, e, seguidamente, a degustação das maquetes pelos grupos. Criaram-se 8 modelos celulares conforme a atividade prática proposta. Este trabalho, realizado com os estudantes, se mostrou significativo em relação ao aspecto cognitivo, bem como no que se refere ao envolvimento e à motivação para a aprendizagem. Dessa maneira, a atividade impactou, positivamente, o processo de aprendizagem teórico e prático para o estudo da Citologia. Da mesma forma, permitiu observar uma interação relevante dos jovens com os modelos comestíveis, especialmente no momento da culminância das temáticas de cada grupo.
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