Desafios e possibilidades do idoso na aposentadoria

explorando atividades na terceira idade

Resumo

Esse artigo evidencia algumas reflexões desenvolvidas em um Trabalho de Conclusão de Curso, que teve como um de seus objetivos pensar o envelhecimento numa perspectiva biopsicossocial e entender como a experiência da terceira idade, para quem chega à aposentadoria, pode deixar de ser vista como fim da vida produtiva 

- gerando ansiedade, estresse, isolamento - e ser encarada como uma oportunidade para o desenvolvimento pessoal e a realização de atividades que antes não eram possíveis devido às responsabilidades profissionais e familiares, ou mesmo, ainda sendo uma fase em que o trabalho se ressignifica. Para tanto, foi preciso discutirmos a intergeracionalidade, o etarismo, os atravessamentos de classe, etnia e gênero na população idosa, assim como, o lugar tensionado entre a produtividade e a improdutividade que a pessoa idosa tem na sociedade capitalista. Esse estudo foi desenvolvido a partir de pesquisa bibliográfica, com revisão de literatura e análise de documentos e dados que tratam do envelhecimento, do seu significado e dos seus desafios contemporâneos, reconhecendo que o envelhecimento populacional é um fenômeno mundial. Considerando a legislação brasileira na proteção à pessoa idosa, cujo marco é a Lei 10741/2003, a defesa de seus direitos é uma conquista muito recente, mas de significativos avanços. E a responsabilidade por essa garantia de direitos é compartilhada entre família, comunidade, sociedade e poder público, com ênfase na oferta de políticas sociais que assegurem à pessoa idosa, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. E é nesse cenário das políticas sociais voltadas à pessoa idosa que o trabalho do assistente social se inscreve, justificando a necessidade dos profissionais angariarem base teórico-metodológica, técnico- operativa e ético-política na condução de processos de trabalho que viabilizem acesso aos seus direitos.